Um espaço lúdico da matemática e para a matemática mas onde o exercício livre da opinião e crítica é condição primordial. Aberto a ouvir, opinar, criticar e ser criticado...
Truques de matemática
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA
Um espaço para a aprendizagem experimental da Matemática
As actividades de investigação em sala de aula tomaram, nos últimos anos, um papel fundamental tendo em conta as profundas alterações nos currículos de Matemática que apontam para a inovação nas finalidades e nos objectivos, conteúdos e metodologias, e na avaliação do ensino-aprendizagem. Na medida em que permite o confronto de ideias entre os alunos, bem como a exploração de tarefas e materiais na sala de aula, a implementação de actividades de exploração constitui uma inovadora perspectiva curricular. Os conceitos matemáticos inerentes ao currículo são mais facilmente e mais eficazmente interiorizados pelos alunos mediante a realização de actividades de investigação na sala de aula, seleccionadas orientadas estrategicamente pelo professor, visto que lhes é dada a oportunidade de por si só explorarem esses mesmos conceitos e chegarem às conclusões “pelo seu próprio pé”. Os conceitos introduzidos e explorados segundo esta abordagem tendem a ser interiorizados de uma forma natural e eficazmente duradoura.
Os saberes são construídos a partir da experiência, da reflexão e da prova; gradualmente, da intuição até à dedução. Privilegia-se a comunicação e a investigação, não ficando apenas por tarefas rotineiras. Em suma, trata-se, também, de adequar a educação escolar à evolução da sociedade. Porém, muitas vezes a gestão de espaços educativos e recursos materiais nas escolas não é a mais adequada. Prevalece ainda o espaço da aula de Matemática, apenas com mesas, cadeiras e o quadro de giz, na forma tradicional, e (nem sempre) um retroprojector. Incompreensivelmente, nos nossos dias, projectam-se e constroem-se escolas que dispõem dos já habituais espaços específicos (gimnodesportivos e salas artísticas, técnicas e laboratoriais), mantendo as salas "normais" para as restantes disciplinas. Estas dispõem de poucos materiais didácticos, geralmente guardados em armários ou arrecadações, longe das salas de aula.
Actualmente, tendo em conta tanto as referidas dificuldades como também a inexistência de espaços próprios para o trabalho interdisciplinar, muitas escolas começam agora a implantar o Laboratório de Matemática, ao abrigo do Plano de Acção para a Matemática (PAM). Este espaço é o ponto de partida para um ou mais espaços específicos para o ensino-aprendizagem da Matemática. Chama-se "laboratório", apenas porque se tornou usual esta designação: por um lado, a componente experimental da Matemática é diferente da das outras ciências; por outro, o referido espaço não se deve reduzir a actividades laboratoriais.
Algumas escolas continuam, ainda, a adquirir materiais já conhecidos e já explorados pelos alunos (em anos anteriores), quer através de projectos próprios quer por equipamento do Ministério. No entanto, verifica-se que alguns dos materiais, mesmo assim, não são utilizados, algumas vezes por desconhecimento de todas as suas potencialidades outras por dificuldades de utilização. Por outro lado, a utilização da tecnologia, embora recomendada em todos os níveis de ensino é, ainda, embrionária. Há, por isso, a necessidade de se encontrar conexões e produzir tarefas para aplicar em situações de aula e fomentar o uso das novas tecnologias e de materiais manipuláveis, num universo de interdisciplinaridade, uniformizando e optimizando os diversos recursos materiais.
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